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Vespa Asiática - O combate começa em Janeiro!

É a partir de Janeiro e até Abril/Maio, que o combate à Vespa Asiática deverá incidir!

Porquê?

A resposta está no seu ciclo de vida. Cada ninho definitivo de vespa asiática pode produzir cerca de 300 vespas fundadoras que irão hibernar. Dessas, somente uma parte irá acordar e sobreviver às intempéries do Inverno. E assim que tal acontecer, a partir de finais de Janeiro, irão rapidamente procurar fontes de açucar para se alimentarem e se recomporem do seu período de latência.

Por cada vespa fundadora que se conseguir capturar será um ninho a menos que teremos durante o ano.


Os ninhos primários (de 5 a 10cm de diâmetro e com entrada inferior) são construídos de Fevereiro a Junho. Os ninhos definitivos serão construídos nos meses de Verão tendo dimensões que poderão chegar a 1m de alto e 80cm de diâmetro. Celulósicos na sua estrutura, são esféricos ou em forma de pêra, normalmente situados em locais altos, tendo uma outra características diferenciadora: a sua entrada é lateral (ao contrário dos da nativa vespa crabro). Contudo, encontramos já depoimentos que atestam a algumas mudanças no comportamento deste insecto sendo possível encontrar ninhos definitivos em locais baixos e em ambiente urbano.


Ninhos Primário e Definitivo


Com o nascimento das primeiras obreiras, a Rainha recolhe ao ninho e dele já não sai, deixando de ser efectiva a colocação de armadilhas. Ao contrário das Abelhas, esta Rainha só viverá um ano. As obreiras vivem em média 55 dias. Os zangãos irão nascer nos finais de Verão e terão somente como função, a fecundação das vespas fundadoras.

O crescimento exponencial do ninho definitivo nos meses de Verão, coincide com o período de maior pressão predatória junto dos enxames de Abelhas. A alimentação da vespa deixou de ser à base de açucares, passando a constituir-se fundamentalmente à base de proteínas (abelhas e outros insectos).


Nos meses de Outono, a partir de Setembro, a sua actividade diminui custo do menor número de vespas. São produzidas fêmeas sexuadas que depois de fecundadas, sabem dos ninhos procurando abrigos onde passam o Inverno à espera que um novo ciclo lhes dê a possibilidade de constituirem uma nova colónia. Nesta altura os zangãos e obreiras morrem. O ninho secundário fica desabitado e não será mais habitado.


Não é de estranhar que seja no Outono que exista o maior número de alertas da presença de ninhos. Estes tornam-se visíveis após a queda das folhas. Contudo, a sua destruição nesta altura não terá grande impacto no controlo da vespa.


Sabemos que este insecto se torna bastante activo nos meses de Verão e até meados de Outubro. Contudo, a captura de vespas nessa altura do ano será por certo uma tarefa ingrata e pouco efectiva.


Assim, e os apicultores já o sabem, os meses de Inverno servem para nos prepararmos com armadilhas selectivas. Selectivas pois deverão ser adaptadas por forma a possibilitar a fuga de todos os outros insectos, que sendo mais pequenos, passarão pelos orifícios mais estreitos da armadilha. Deverão ser aplicadas nas zonas e apiários nos quais foram avistadas vespas no ano anterior. Poderá igualmente colocar armadilhas perto de locais propícios à sua hibernação tais como pilhas de lenha ou de pedras. 


Apesar de se encontrarem vários testemunhos de diversas práticas usadas na sua captura, a nossa estratégia passa por colocar 5 ou 6 armadilhas por Apiário cobrindo os vários possíveis trajectos do predador (frente, laterais e traseira). São colocadas em suportes a cerca de 1,5m do solo. O isco, que deverá ser açucarado na Primavera, servirá de atractivo para estes insectos que procuram fontes ricas em energia nesta altura do ano.



Talvez queira consultar um outro post:






Atente que não existe uma solução exata para este problema, pelo que a vigilância e monitorização das armadilhas é fundamental para que se proceda às necessárias correcções. Acreditamos que o comportamento deste predador dependerá de inúmeras variáveis nas quais se incluí o clima, temperatura e florações ao longo do ano. Nesse sentido, este post será actualizado com as observações que formos obtendo nos nossos trabalhos de campo (Portugal, Estremadura).


Lembre-se que SÓ a Vespa Asiática interessa capturar!


A sua distribuição geográfica na Europa está já consolidada desde que foi identificada pela primeira vez em 2004, tendo inclusivamente já atravessado o Canal da Mancha para o Reino Unido.


O SOSVespa, a par dos Municípios enquanto responsáveis da Protecção Civil local, são as entidades acreditadas para a eliminação dos ninhos identificados.


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