Vespa Asiática - Adaptações ao Maneio Apícola
À semelhança do que aconteceu na década de 80 com o aparecimento da Varroa destructor, e na qual muitos auguravam um cataclismo na apicultura, a Vespa Asiática vai hoje gradualmente tomando de assalto as montanhas, planícies e prados de Portugal. Urbes e espaços rurais.
E veio para ficar não nos iludamos!

Na Quinta, ainda nos estamos a adaptar. Testamos novos procedimentos. Novas rotinas. A angústia de ver as nossas Abelhas a serem dizimadas pela nova predadora, já está a dar lugar à motivação de procurar a estratégia "ideal" para lidar com esta ameaça.
Consultámos peritos na matéria, ouvimos quem já adquiriu experiência e olhámos para a nossa realidade local.
Esta é a nossa nova estratégia para lidar com os ataques da Vespa Asiática nos meses de Verão (e que se estende até finais de Setembro).
O Objectivo é, Preservar as Abelhas e não o combate à Vespa. Nesta altura do ano, os ninhos secundários estão em franca actividade pelo que a "meia dúzia" de vespas que se poderiam apanhar nos apiários não iriam traduzir alterações significativas quer no número de indivíduos quer na intensidade dos ataques.
Como o fazemos? Em 4 frentes:
1. Controlo da Varroa. Evitando o enfraquecimento das colónias após a ultima cresta do ano;

2. Alimentação Artificial. Para além de manter reservas alimentares em boa quantidade na colmeia, colocamos um suplemento energético até à hibernação das predadoras (finais de Setembro);

3. Reduzir Entradas das Colmeias. Colocámos esponjas a permitir somente uma espaço de 3-4cm para entrada e saída das Abelhas;

4. Retirar Tábuas de Vôo. Dificultamos o trabalho às invasoras impossibilitando que posem à entrada das colmeias.

Se é a estratégia certa não sabemos. A única certeza que temos é que este é somente o início de um longo caminho que nos trará desgostos mas certamente muitas vitórias também!
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